Terça, 20 de Maio de 2025
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Gerente de vendas se torna réu pela morte de pai e filho em acidente da Avenida JK

Conforme a investigação, o condutor do carro trafegava em alta velocidade, ignorou o semáforo fechado e colidiu violentamente contra a moto. O corpo do jovem ficou preso sob o veículo conduzido por David.

18/04/2025 às 10h34 Atualizada em 21/04/2025 às 11h34
Por: Redação Fonte: Da Redação com G1
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Foto: Divulgação MPPR
Foto: Divulgação MPPR

A um dia de completar um mês do trágico acidente, a Justiça acolheu nesta quarta-feira (16) a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra o gerente de vendas, David André Martens, de 36 anos. Ele foi acusado por duplo homicídio, com agravantes por impossibilitar a defesa das vítimas e por colocar outras pessoas em risco. Além disso, também responderá por se recusar a se identificar e por abandonar o local da colisão. Caso as acusações do MP sejam confirmadas, David será julgado por um tribunal do júri.

De acordo com a denúncia, o motorista teria ingerido bebidas alcoólicas em duas ocasiões distintas na noite anterior à tragédia. Por volta do início da noite do domingo, 16 de março, David foi visto consumindo cerveja em um bar na região da Vila A. Ele permaneceu no local entre 18h34 e 21h13, onde teria consumido ao menos oito garrafas de cerveja, somando uma conta de R$ 144,20. Já na madrugada, ele foi flagrado por câmeras de segurança em uma boate no centro da cidade, novamente ingerindo álcool — desta vez, pelo menos dois baldes com garrafas de cerveja.

O acidente aconteceu por volta das 5h40 da manhã de segunda-feira. Em uma motocicleta parada no sinal vermelho estavam Gilberto de Almeida, de 59 anos, e Alexandro Leal de Almeida, de 29 anos, a caminho da empresa onde Alexandro trabalhava, na Vila Portes.

Conforme a investigação, o condutor do carro trafegava em alta velocidade, ignorou o semáforo fechado e colidiu violentamente contra a moto. O corpo do jovem ficou preso sob o veículo conduzido por David. As vítimas morreram praticamente na hora.

Em entrevista à RPC, o promotor Nielson Norbêrto de Azeredo afirmou que o acusado assumiu o risco de provocar mortes ao dirigir em alta velocidade, violar normas de trânsito e conduzir sob efeito de álcool.

O Ministério Público solicitou a prisão preventiva do motorista, mas o pedido foi negado pela Justiça. O juiz considerou que o flagrante já havia expirado, e o acusado possui residência fixa, trabalho, não tem antecedentes e não representa risco ao andamento das investigações. Com isso, ele responderá em liberdade.

No momento do acidente, uma prisão poderia ter ocorrido caso tivesse sido exigido o teste do bafômetro e se David tivesse sido levado à delegacia por desobediência. No entanto, os três guardas municipais que atenderam a ocorrência não tomaram essas providências. Após o fim do prazo de flagrante, o motorista se apresentou espontaneamente à polícia e foi liberado. A Guarda Municipal instaurou uma sindicância para apurar a conduta dos agentes, mas o processo ainda está em andamento.

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