A construção da Ponte Bioceânica, que avança sobre o Rio Paraguai para conectar Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta, no Paraguai, alcançou 76% de progresso físico. A obra é considerada um elo fundamental no Corredor Bioceânico, rota rodoviária que unirá o Brasil ao Chile, passando por Paraguai e Argentina, e encurtará o caminho entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
Mais do que aproximar os países vizinhos, a ponte tem papel estratégico para o escoamento de produção, fortalecendo o comércio exterior e fomentando o desenvolvimento regional em toda a América do Sul.
No momento, as frentes de trabalho se concentram na montagem das estruturas principais das vias de acesso e em elementos técnicos como as barreiras de proteção e dispositivos de segurança, incluindo barreira antissuicídio e guia de contenção de impacto. Os mastros estaiados chegaram à 20ª de 27 etapas previstas em cada margem, enquanto o tensionamento dos cabos avança — um dos processos fundamentais para a sustentação da ponte.
Do lado brasileiro, em Porto Murtinho, está em andamento a implantação de uma alça rodoviária com 13,1 km que ligará a ponte à BR-267. O projeto contempla ainda um contorno rodoviário e um centro aduaneiro para o controle de fronteira.
O investimento no trecho brasileiro soma R$ 427 milhões, por meio do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com previsão de entrega da etapa nacional para o segundo semestre de 2026, segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento.
A Ponte Bioceânica terá cerca de 1,3 km de extensão, composta por três segmentos: dois viadutos de acesso e uma ponte estaiada sobre o leito do Rio Paraguai, com 632 metros — incluindo um vão central de 350 metros.
Considerada uma obra prioritária para a integração sul-americana, especialmente para o Paraguai, a construção está a cargo do Consórcio Binacional PYBRA (Tecnoedil, Cidade e Paulitec), com fiscalização do Ministério de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai. O investimento total é de R$ 575,5 milhões, com recursos da Itaipu Binacional, do lado paraguaio.
A entrega da estrutura completa está prevista para fevereiro de 2026 — um pequeno atraso de três meses em relação ao cronograma inicial.
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