Sábado, 19 de Abril de 2025
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Destaque da equipe feminina na Olimpíada de Paris, ginasta Julia Soares volta a treinar no Paraná

Curitibana que trouxe a medalha de bronze para casa retomou sua rotina no Centro de Excelência de Ginástica do Paraná (Cegin).

12/08/2024 às 14h56
Por: Redação Fonte: AEN - Agência Estadual de Notícias
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Foto: Gabriel Rosa/AEN
Foto: Gabriel Rosa/AEN

Bronze por equipes na ginástica artística feminina na Olimpíada de Paris, a ginasta curitibana Julia Soares retomou nesta segunda-feira (12) sua rotina de treinos no Centro de Excelência de Ginástica do Paraná (Cegin), que funciona em uma estrutura que pertence à Secretaria de Estado do Esporte. A atleta, bolsista há oito anos do programa Geração Olímpica e Paralímpica (GOP), do Governo do Estado, foi recepcionada pelo secretário da pasta, Helio Wirbiski.

“É um sentimento incrível voltar da minha primeira Olimpíada com uma medalha no peito, entrar na história com as meninas, com toda a equipe brasileira. É um sentimento muito bom, poder voltar para o meu clube e para minhas técnicas”, disse Julia. “Eu acho que isso não tem preço, voltar com uma medalha no peito e mostrar que a gente está no caminho certo, que todo trabalho realmente valeu a pena”.

Com 18 anos de idade e disputando sua primeira Olimpíada, a atleta curitibana foi destaque em uma competição marcada pela presença feminina no pódio. Das 20 medalhas que vieram para o Brasil, 12 foram conquistadas por mulheres. A própria delegação paranaense era majoritariamente feminina: dos 29 participantes que foram a Paris, 20 eram mulheres. Além de Julia, duas jogadoras do voleibol voltaram com bronze no peito, Roberta Ratzke, natural de Curitiba, e Julia Bergmann, de Toledo.

Ela celebra o retorno ao Cegin, onde começou a treinar com quatro anos de idade, como um exemplo para a nova geração de ginastas. “Esse ginásio tem muita história, não só minha, mas de muitas atletas que passaram por aqui. Eu estou aqui desde sempre, entrei com quatro anos, e desde sempre eu tenho pessoas incríveis, técnicas incríveis e um clube muito bom. Tenho um carinho por esse lugar que vou guardar para o resto da vida no meu coração”, afirmou. “Vou continuar treinando, temos competição pela frente e pretendo estar em mais ciclos olímpicos”.

“Eu já estive no lugar dessas pequenas, que me têm como inspiração, como eu já tive por outras atletas. Quando entrei a Seleção treinava aqui, e elas me inspiraram muito, inclusive a Jade, com quem hoje eu treino e compito junto”, contou a atleta. “É um sentimento de felicidade saber que eu também sou uma inspiração. Quando chego aqui e uma criança vem falar comigo, ela fica com um sorriso no rosto e eu fico tão grata por ser uma inspiração para essas meninas. Porque eu sei que nenhuma trajetória é fácil, mas tudo vale a pena”.

CEGIN

O Cegin foi construído pelo Governo do Estado e funcionou como sede da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) por 10 anos, formando atletas que até hoje são ídolos da modalidade, como Daiane dos Santos e Daniele Hypólito. O espaço também abrigou os treinadores Oleg Ostapenko e Iryna Ilyashenko, que recém-chegados da Ucrânia na virada do ano 2000, ajudaram a construir a ginástica artística no Brasil.

Iryna, técnica da Seleção Brasileira que conquistou o pódio em Paris, trabalha no clube e acompanha Julia desde a infância. Outras duas ginastas do Cegin também estão na Seleção Brasileira de Ginástica Artística Feminina, Josiany Calixto e Carolyne Pedro, que também foi para Paris como reserva do grupo. Ao todo, o centro conta com 14 atletas beneficiadas pelo GOP.

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