O aumento nos preços dos ingressos, combinado com a crise econômica pelas políticas de austeridade implementadas no primeiro ano do governo Javier Milei, impactou a visitação ao Parque Nacional Iguazú. O local, que abriga o lado argentino das Cataratas do Iguaçu com entrada por Puerto Iguazú, recebeu pouco mais de 1,3 milhão de turistas em 2024, uma redução de cerca de 13% em comparação aos 1.506.115 visitantes registrados em 2023. Já no lado brasileiro, o ano foi o terceiro melhor da série histórica.
Conforme já antecipavam os veículos de comunicação regionais, o número de visitantes no lado argentino das Cataratas foi menor do que no ano anterior. Um dado interessante apontado pelos registros foi a queda no público nacional, que inclui turistas de Misiones e de outras províncias argentinas. Em 2023, os argentinos representavam 56% do total de visitantes, mas em 2024 esse número caiu para 48%.
Essa redução acompanha uma tendência nacional na Argentina, onde o turismo interno sofreu quedas consideráveis em relação ao ano anterior. O impacto financeiro foi significativo: a temporada de inverno de 2024 arrecadou US$ 1,2 milhão a menos. Outro reflexo observado foi o aumento no número de argentinos atravessando a fronteira rumo ao Brasil para aproveitar o verão.
A Ponte da Fraternidade (Tancredo Neves), que liga Puerto Iguazú a Foz do Iguaçu, continua sendo um dos principais corredores de acesso ao litoral brasileiro. O fluxo intenso tem causado longas filas para a passagem pela imigração argentina, dificultando a saída do país.
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