O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, que, caso retorne ao cargo de chefe do Executivo, pretende permitir a instalação de uma base militar dos Estados Unidos na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Ele argumenta que um "forte acordo militar" com os norte-americanos seria fundamental para combater possíveis atividades terroristas na região.
Apesar de suas pretensões, Bolsonaro está no momento impossibilitado de concorrer até 2030, devido a uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que o impede de disputar as eleições presidenciais de 2026. Ainda assim, ele e seus aliados do Congresos e do Senado seguem empenhados em tentar reverter essa inelegibilidade.
O ex-presidente se coloca como a única opção viável para representar a direita no próximo pleito e evita mencionar eventuais substitutos. O advogado Fabio Wajngarten confirmou à Gazeta do Povo as declarações sobre a base militar e outros assuntos.
Além disso, Bolsonaro declarou que, se reassumir o governo, pretende retirar o Brasil do bloco econômico Brics e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele justificou essa decisão citando divergências com essas instituições e afirmou que essa medida faria parte de sua estratégia de política externa.
Por fim, suas declarações foram alinhadas às diretrizes do novo mandato do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O ex-presidente brasileiro também conta com o respaldo do presidente da Argentina, Javier Milei, que recentemente decidiu retirar seu país da OMS, adotando uma postura semelhante à que Bolsonaro pretende seguir.
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